vacina para idosos

Vacinas para idosos acima de 60 anos: quais não podem faltar?

Você  sabe como funciona o calendário de vacinas para idosos acima de 60 anos?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa é considerada idosa a partir dessa faixa etária.

E como estão mais suscetíveis a diversas doenças, é bom ficar atento ao calendário para não atrasar nem mesmo um imunizante.

Quer conferir a lista completa de vacinas para idosos?

Então acompanhe com a gente no conteúdo a seguir!

A importância da vacinação em idosos

As vacinas para idosos acima de 60 anos são importantes, pois neste período a resposta vacinal dos imunizantes adquiridos ao longo da vida começa a reduzir.

Além disso, à medida que o corpo vai envelhecendo e chegando à fase idosa, a pessoa passa por um processo chamado de imunossenescência.

Este nome difícil nada mais é do que a deterioração e o envelhecimento do sistema imunológico. É por causa desse envelhecimento que os idosos são muito mais suscetíveis a  infecções, doenças autoimunes e câncer.

Pulmões e mucosas também tornam-se mais frágeis neste período e, por isso, eles ficam mais vulneráveis às infecções virais.

Felizmente, para uma boa parte das doenças mais graves que podem levar à morte ou causar sequelas mais sérias, existe a vacinação.

Vacinas para idosos acima de 60 anos: lista completa

Separamos a lista em dois principais grupos estabelecidos de acordo com o Calendário de Vacinação do Idoso da Sociedade Brasileira de Imunizações.

O primeiro grupo de vacinas são as de rotina. As vacinas de rotina para cada grupo vacinal são feitas de acordo com as idades recomendadas.

Existem também os imunizantes recomendados para não vacinados ou pessoas que não completaram seu calendário de vacinação na faixa etária anterior.

Neste caso, podem ser aplicadas vacinas de reforço que vão levar em conta, principalmente, a situação epidemiológica do local e a questão de risco da aplicação.

Rotina

quais as vacinas para idosos acima de 60 anos

Influenza/ Gripe

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maneira mais eficaz encontrada para proteger a população contra a gripe é a vacina anual.

Isso porque o vírus da influenza é bastante suscetível a mutações e, por isso, as vacinas são ajustadas periodicamente.

A gripe causada pela influenza é uma das mais comuns do mundo e os idosos estão entre o grupo de risco afetado.

Estima-se que as epidemias anuais de gripe sazonal causem em torno de 3 a 5 milhões de casos de doenças graves. Já as mortes podem chegar a 500 mil pessoas por ano.

A vacina protege contra quatro cepas do vírus, quando tomada em clínicas particulares e contra 3 cepas no sistema público.

Pneumocócicas (VPC13 e VPP23)

Essas são vacinas que não são aplicadas pelo sistema público. A VPP23 é oferecida gratuitamente apenas a asilados e grupos de risco aumentado e a VPC13 não é aplicada.

Por isso, não vai haver campanhas de vacinação como acontece com a influenza, por exemplo, mas caso haja indicação médica ou uma preocupação maior em tomá-la é preciso haver uma procura ativa pela vacina, isto é, a família ou o idoso devem buscar alternativas particulares.

É recomendada uma dose de VPC13, após 12 meses uma dose de VPP23 e cinco anos depois, uma segunda dose de VPP23.

O imunizante previne doenças como a meningite, a pneumonia e até outras mais leves como a infecção no ouvido.

Tríplice bacteriana

A tríplice bacteriana é a vacina inativada contra difteria, tétano e coqueluche.

Para quem tem o esquema vacinal completo, é recomendada a dTpa a cada 10 anos.

Pessoas com o esquema de vacinação incompleto devem tomar uma dose de dTpa a qualquer momento.

O esquema deve ser completado com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana

do tipo adulto).

Já os não vacinados ou que não conhecem o seu esquema vacinal devem tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0 – 2 – 4 a 8 meses.

Herpes zóster

A recomendação de vacina contra a herpes zóster começa antes dos 60 anos. Ela é recomendada mais precisamente na faixa dos 50 anos, que é a fase comum de surgimento da doença.

Entretanto quem já passou dessa idade e ainda não tomou a dose contra o vírus pode se vacinar a qualquer momento no sistema particular de imunização.

Existem dois tipos de vacina para idosos acima de 60 anos da herpes:

  • VZA – com vírus atenuado em dose única;
  • VZR – com vírus inativado em duas doses no esquema vacinal 0 – 2 meses.

Essa é uma das vacinas importantes para se tomar, pois o vírus da herpes zóster já está presente em grande parte da população. Atualmente, foi desenvolvida uma nova vacina contra herpes que possui maior eficácia.

A infecção mais comum é no período da infância, quando surge a catapora. Pessoas que tiveram a doença quando criança armazenam o vírus para o resto da vida.

Na fase idosa ele pode gerar o que chamamos de herpes zoster, causando bolhas no corpo que geram dor intensa e incômodo. Por isso, é altamente recomendado a vacina varicela (catapora).

Hepatite B

que vacinas o idosos acima de 60 anos deve receber

A hepatite B é uma vacina para idosos acima de 60 anos considerada de rotina. A doença afeta o fígado e é causa de preocupação entre a classe médica.

A infecção tem uma evolução silenciosa e costuma apresentar sintomas apenas nas fases mais avançadas.

Ela é transmitida sexualmente e também pelo compartilhamento de objetos perfuro-cortantes.

Covid-19

As vacinas para idosos com mais de 60 anos contra Covid-19 começou há pouco tempo relativamente, quando comparada com outras que estão no mercado há muito mais tempo.

Como a eficácia da vacina ainda não é tão duradoura as doses de reforço já estão em sua quinta fase em algumas cidades do Brasil

A faixa etária foi bastante afetada pela pandemia e 3 em cada 4 óbitos de 2020 foram de pessoas com mais de 60 anos de idade aqui no Brasil.

O estudo que analisou os registros de óbito por Covid em 2020 foi feito pela Fundação Oswaldo Cruz.

Confira a relação dos óbitos por faixa de idade para os idosos:

  • de 70 a 79 anos – 33% dos óbitos de idosos;
  • de 60 a 69 – 29% dos óbitos 27% de 80 a 89 anos;
  • mais de 90 anos – 11%.

Em casos específicos

A vacinação em casos específicos leva em conta a suscetibilidade da doença nesse grupo vacinal, surtos da doença, risco-benefícios das vacinas e o calendário vacinal do indivíduo.

Hepatite A e B

A vacina para as hepatites A e B pode ser administrada em apenas uma dose, unindo a proteção contra os dois tipos de vírus.

Ela é uma opção quando o idoso precisa tomar ambos os tipos de proteção e é feita em três doses no esquema vacinal de 0 – 1 – 6 meses. Essa vacina também incluída no calendário de vacinação infantil.

Nem sempre a vacina contra hepatite A é recomendada para essa população. A recomendação é que ela seja aplicada em casos de surtos, pois é difícil encontrar indivíduos suscetíveis ao vírus do tipo A nessa faixa de idade.

Meningocócica conjugada ACWY/C

Essa vacina é indicada em casos de surto e situações de viagens para áreas de risco.

O imunizante geralmente é feito em dose única, mas a recomendação vai depender da situação epideomiológica.

Ela também é chamada de tetravalente e protege contra os meningococos dos sorogrupos A, C, W, Y, que podem causar uma forma grave de meningite bacteriana.

Essas bactérias são altamente contagiosas por meio do contato com a saliva de uma pessoa infectada.

Febre Amarela

A febre amarela é uma opção de vacina para idosos acima de 60 anos que não tomaram o imunizante antes.

Entretanto, este é um caso típico em que é preciso analisar a situação de risco/benefício da vacina.

Isso porque em indivíduos com mais de 60, ela pode causar eventos adversos graves. São situações muito raras, mas de qualquer forma é preciso analisar a situação individual de cada um.

Antes de recomendar ou não a vacinação, o médico vai levar em conta a situação de risco na qual o idoso se encontra, isto é, se ele está exposto a doença, se há maior risco de ser contaminado, epidemias da doença, etc.

Ele também vai analisar a questão da saúde individual do indivíduo e se ele está preparado para receber a vacina mesmo tendo uma faixa de idade mais elevada.

Leia também: Vacinação a domicílio: entenda como funciona e as vantagens!

Tríplice viral

Assim como no caso da hepatite A que vimos acima, a faixa etária a partir dos 60 não é a do grupo de risco para as doenças combatidas pela tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola.

Por isso, esse imunizante não está incluso na rotina de vacinação para idosos acima de 60 anos.

Entretanto, de acordo com a SBIm, a tríplice viral pode ser recomendada para essa população, desde que seja recomendada por um médico.

O sarampo é muito perigoso para crianças, pois pode levar à morte rapidamente, já a caxumba é mais comum em adultos, causando inflamação das glândulas salivares.

E, por fim, a rubéola afeta mais comumente o grupo de pessoas adultas, sendo um grande risco para mulheres grávidas e seus bebês.

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As vacinas causam reações ou perigo para os idosos?

vacina para idosos acima de 60 anos

Não! As vacinas para idosos acima de 60 anos não são perigosas e não devem ser motivo de preocupação.

Muito pelo contrário! Elas são recomendadas justamente porque as patologias para as quais elas protegem são muito perigosas à saúde, especialmente de pessoas com o sistema imunológico afetado, como é o caso dos idosos.

Para doenças infecciosas e contagiosas, a vacina é um dos métodos mais seguros de proteção.

Entretanto, existem algumas vacinas que não fazem parte do calendário de rotina do idoso que podem ser de risco para a faixa etária.

Isso porque são aplicadas fora da faixa de idade para a qual foram recomendadas. Mas, seguindo as recomendações médicas, o objetivo é sempre o de proteção à pessoa idosa.

Muitas pessoas apresentam certo grau de desconfiança nas vacinas. Várias vezes ao longo da nossa história, tanto no Brasil quanto em outros países, a população se revoltou por acreditar erroneamente que elas são um perigo para a população

Entretanto, os números falam por si e não é preciso uma pesquisa muito longa para descobri-los.

Somente no Brasil, foram erradicadas doenças como a poliomielite e a varíola graças às vacinas.

Desde 2009, houve a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo e desde 2000 o da rubéola.

De acordo com a OMS, a vacina salva, pelo menos, 3 milhões de pessoas por ano ao redor do mundo e é considerada uma das maiores investigações da medicina.

Vacina da Covid-19 para idosos

As vacinas para idosos acima de 60 anos para a Covid-19 e para todo o restante da população devem continuar por um bom tempo.

Ela reduziu drasticamente o número de mortes e infectados no Brasil e no mundo. Entretanto, é preciso ficar atento, pois a vacina ainda não é capaz de evitar totalmente o contágio e o Brasil ainda não chegou à imunidade de rebanho.

Isso leva tempo, paciência e exige um compromisso da população e do estado com a vacinação.

Por isso, tome cuidado e cuide também da sua família. Manter a vacinação em dia é uma forma de proteger você e as pessoas que você ama.

Portanto, se você está na faixa de idade com mais de 60 anos e ainda não se vacinou ou se possui alguém na família que não está seguindo as recomendações de vacinação, aja mudar essa realidade a partir de agora.

Na Maximune você encontra todas as vacinas indicadas para os idosos acima de 60 anos. Estamos aqui para cuidar da sua saúde, confira!

Conclusão

A importância da vacina ocorre em diversas fases da vida, mas na terceira idade ela é essencial para garantir mais qualidade de vida, mais saúde e menos preocupações.

É por isso que o calendário dessa faixa etária contempla as vacinas para idosos acima de 60 anos e leva em consideração as principais doenças infecciosas que podem afetá-los.

Vimos que o calendário vacinal é dividido em dois grupos principais: as vacinas de rotina e aquelas voltadas para não vacinados ou com o calendário incompleto.

Antes de fazer a vacinação não hesite em consultar o seu médico e tirar todas as suas dúvidas!

Leia também: Vacinação de idosos em BH: entenda quais estão sendo aplicadas

1 comentário em “Vacinas para idosos acima de 60 anos: quais não podem faltar?”

  1. Pingback: 5 vacinas que adultos precisam tomar | Jornal Ponto Inicial

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