Você sabe quando tomar a vacina da poliomielite? Essa é uma dúvida de muitas mães na hora de levar os filhos para vacinar.
A patologia, que é conhecida como a doença da paralisia infantil, afeta principalmente crianças abaixo de cinco anos de idade.
Atualmente, a doença está erradicada das Américas, mas ainda existem países de outros continentes que possuem uma endemia de casos.
Desde 1988, nós evoluímos muito em questão de saúde, pois a doença passou de 350 mil casos estimados para apenas 29 casos em 2018.
O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. Mas nos últimos anos a cobertura vacinal da população tem reduzido cada vez mais e a doença corre o perigo de voltar.
E para não deixar isso acontecer, vacinar o seu filho e as crianças da sua família é imprescindível.
Por isso, continue a leitura e saiba quando tomar a vacina da poliomielite. Confira também mais informações sobre a doença!
O que é a poliomielite?
Antes de saber quando tomar a vacina da poliomielite é preciso conhecer um pouco melhor sobre a doença.
A pólio é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus selvagem que pode atingir adultos e crianças, podendo levar à paralisia de membros inferiores e superiores e até à morte.
Na maioria das pessoas, a poliomielite é assintomática. Em outras, pode causar sintomas parecidos com o de uma gripe, mas esses não são os principais motivos que causam o maior medo pela doença, pois existe uma parcela dos infectados que tem sequelas graves para o resto da vida.
A cada 100 pessoas infectadas, 5 a 10 pessoas podem apresentar sintomas parecidos com os da gripe.
Já a cada 200 infectados, um pode apresentar paralisia permanente nos braços e pernas, sendo que os membros inferiores geralmente são os mais atingidos.
Também existe uma possibilidade muito rara de o vírus atacar as partes do cérebro que auxiliam na respiração, podendo levar o indivíduo à morte.
Como acontece a transmissão da poliomielite?
A transmissão mais frequente é por via fecal-oral, ou seja, quando o contato acontece pela boca por meio de objetos contaminados com fezes que contém o vírus.
A água e os alimentos também podem ser contaminados da mesma maneira, ainda se caracterizando como via oral-fecal. Essa situação é mais comum quando as condições sanitárias e de higiene são precárias.
Outra forma de transmissão é via oral-oral, quando o vírus é transmitido por meio de gotículas de saliva contaminada por meio da fala, espirros e tosse.
A partir do momento que o vírus entra no hospedeiro ele se multiplica na boca, garganta, intestino e posteriormente corrente sanguínea, podendo chegar ao sistema nervoso.
O vírus é eliminado pelas fezes, mesmo nas pessoas que não apresentam sintomas.
Quais são os principais sintomas da poliomielite? Conheça
Saber quando tomar a vacina da poliomielite é essencial, mas também é importante conhecer os tipos da doença e como ela se desenvolve. A poliomielite é classificada em dois tipos, a paralítica e a não-paralítica.
Entretanto, a poliomielite paralítica recebe também outros nomes que variam de acordo com a região do corpo afetada, como poliomielite bulbar, poliomielite espinhal, poliomielite bulbospinal, entre outras.
- Não-paralítica
Neste caso, não é difícil confundir os sintomas com os de uma gripe comum ou mesmo de um resfriado.
A pessoa infectada pode apresentar dor de garganta, febre, fadiga e dor de cabeça.
Esse tipo da doença pode até apresentar sintomas um pouco mais graves, como: vômito, rigidez dos membros do corpo e meningite. Entretanto, eles desaparecem após, no máximo, 10 dias.
A poliomielite não paralítica é o tipo que afeta a maior parte das pessoas.
- Poliomielite paralítica
A poliomielite paralítica é a forma mais grave da doença e causa sequelas aos pacientes.
Os sintomas começam muito parecidos com os da não-paralítica e, por isso, muitas pessoas não procuram atendimento logo de início.
Com o tempo, o indivíduo começa a apresentar perda de reflexos, dores musculares fortes e graves. O corpo vai ficando fraco e os membros começam a apresentar flacidez.
Quando o vírus invade o sistema nervoso central e gera danos à medula espinhal, o paciente tem sintomas parecidos com o de meningite, como a rigidez da nuca. Em seguida, a doença evolui causando a paralisia parcial ou total dos membros.
Como é feito o diagnóstico da poliomielite?
Para realizar o diagnóstico da poliomielite, alguns métodos de testagens e exames podem ser solicitados. Confira:
- Isolamento do vírus: pode ser feito a partir de amostras de fezes ou de catarro do paciente;
- PCR (Polymerase Chain Reaction): permite a identificação do tipo e origem do vírus em poucas horas;
- Cultura de LCR (líquido cefalorraquidiano): permite identificar o agente causador;
- Eletromiografia ou exame de líquor – estuda a atividade elétrica do membro e identifica a possibilidade de lesões.
A vacina VOP, que é oferecida pelo Programa Nacional de Imunizações do Governo e aplicada em massa, dificulta a interpretação dos resultados de poliomielite por meio da sorologia e, por isso, este exame deixou de ser feito no país.
O médico também pode solicitar outros tipos de exame que forem necessários para descartar hipóteses de Síndrome de Guillain-Barré e meningite. Essas doenças apresentam sintomas parecidos com os da pólio.
Leia também: Tipos de vacinas: saiba quais as existentes e como funcionam
O que é síndrome Pós-poliomielite (SPP)?
A Pós-poliomielite é uma sequela que surge anos após a contração da doença em parte dos pacientes.
O que acontece é um novo distúrbio neurológico específico, que se desencadeia devido ao desgaste dos neurônios que foram destruídos pelo vírus.
Depois da infecção da pólio, os neurônios tentam se regenerar aumentando a produção de fibras nervosas.
Já os neurônios que estavam próximos a esses que foram danificados anteriormente podem acabar apresentando problemas anos depois, por causa de um desequilíbrio nesse processo.
Ou seja, não há uma reativação do vírus no corpo do paciente, mas sim uma sequela devido ao desgaste dos neurônios.
Saber quando tomar a vacina da poliomielite evita que a criança desenvolva a doença e também possíveis complicações no futuro.
Confira os sintomas mais comuns da SSP:
- dores de cabeça, musculares e nas articulações;
- fadiga e exaustão;
- distúrbios do sono e apneia;
- atrofia muscular e fraqueza muscular progressiva;
- hipersensibilidade ao frio;
- dificuldade para respirar e deglutir;
- dificuldade de se concentrar e de memorizar as coisas;
- depressão.
Diagnóstico da Síndrome Pós-Poliomielite: entenda
A Síndrome Pós-Poliomielite (SSP) pode ser diagnosticada através do exame chamado de eletroneuromiografia, em pessoas que tiveram poliomielite.
Assim como no diagnóstico de poliomielite, este exame ajuda a excluir a possibilidade de outras doenças degenerativas e também serve para avaliar a função dos músculos.
Ela avalia a função do sistema nervoso periférico, tanto por meio da análise dos nervos, quanto dos músculos e também da junção neuromuscular.
Este exame é realizado em duas fases principais:
- Estudo da condução nervosa – estímulo dos nervos através de pulsos elétricos de baixa intensidade e análise da resposta;
- Eletromiografia de agulha – são introduzidas pequenas agulhas nos músculos para detectar a quantidade de raízes motoras, medula espinhal e fibra muscular.
A doença pode se desenvolver tanto em pessoas que tiveram sequelas da doença quanto nas que não tiveram.
Nos países em que a poliomielite foi erradicada, consequentemente a tendência é que haja uma redução nos casos da SSP.
Qual o tratamento para SPP?
Não há um tratamento específico para a Síndrome Pós-Poliomielite, mas sim medidas terapêuticas e um tratamento multidisciplinar para a doença.
De maneira geral, o tratamento é conduzido com base nas queixas e limitações que o paciente apresenta.
De acordo com as Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome Pós-Poliomielite e Co-morbidades do Ministério da Saúde, na definição do plano terapêutico deve-se lavar em conta:
- o grau de fraqueza e assimetria dos membros;
- a presença de dor e fadiga;
- a tolerância ao exercício;
- os desajustes posturais;
- a condição clínica geral do paciente.
Ainda de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, não há até o momento pesquisas que demonstrem eficácia de medicamentos no processo de neuroproteção ou de recuperação funcional. O principal objetivo dos medicamentos é aliviar os sintomas limitantes.
Importância da vacina contra a Pólio
Saber quando tomar a vacina da poliomielite e qual é o público que deve se vacinar é essencial para que o índice de vacinação cresça.
As Américas foram a primeira região do mundo a erradicar a poliomielite no mundo. Essa foi uma grande conquista para a área da saúde.
Entretanto, o índice de vacinação está muito abaixo do que deveria e, por isso, a doença pode voltar a qualquer momento.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que a cobertura vacinal da população esteja em 95%. Entretanto, o índice está em apenas 69%, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde.
No Brasil, a cobertura vacinal tem caído a cada ano e, por isso, o país é dos que possuem alto risco para que a doença retorne.
Como se prevenir contra a poliomielite?
A vacina é a única forma de prevenção, por isso, saber quando tomar a vacina da poliomielite, respeitar os prazos e não deixar de realizar a vacinação dos filhos é indispensável.
Mas afinal quando tomar a vacina da poliomielite?
A imunização contra a pólio começa quando a criança tem 2 meses de vida. Aos 4 e 6 meses são aplicadas novas doses e entre 15 e 18 meses o bebê deve receber uma dose de reforço. Aos 5 anos de idade, também há uma nova dose da vacina.
- Vacina contra Poliomielite VIP ou Salk
A vacina VIP (vacina inativada pólio), também chamada de Salk, possui aplicação intramuscular ou subcutânea.
Ela protege a criança contra 3 tipos diferentes do vírus que podem causar a paralisia infantil.
A recomendação da OMS e da Sociedade brasileira de imunizações é que as crianças sejam vacinadas com a VIP sempre que possível. Ela contém o vírus inativado da doença e não tem chance de causar a paralisia infantil.
Nas clínicas de vacinação particular é sempre possível aplicar a vacina VIP contra a pólio e ela fica disponível em qualquer momento do ano, mesmo fora do período da campanha de vacinação que é feita pelo sistema público.
- Vacina contra poliomielite VOP (Gotinha)
A VOP (vacina oral da poliomielite) é uma vacina que contém o vírus vivo da poliomielite, mas de forma enfraquecida, a ponto de não causar a doença.
No Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é o programa do governo, são oferecidas tanto a VIP quanto a VOP.
A VIP é oferecida no primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP no reforço e nas campanhas anuais de vacinação.
Programa Nacional de Imunização: conheça
O Programa Nacional de Imunização (PNI) é uma iniciativa do governo para tentar conter o avanço de diversas doenças para as quais já existem vacinas, como é o caso da poliomielite.
Ele é voltado para diversos públicos de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, por isso, abrange tanto as crianças, como também adolescentes, adultos e idosos.
O PNI oferece a campanha de vacinação da poliomielite desde 1980, ano em que ocorreu a primeira delas.
A campanha da poliomielite tem como público-alvo principal, crianças menores de cinco anos. Lembrando que para os bebês com menos de 1 ano, o esquema vacinal a ser seguido é a vacinação aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Onde encontro a vacina contra Poliomielite?
Agora que você já sabe quando tomar a vacina da poliomielite, também é necessário saber onde encontrá-la.
Além dos postos de saúde locais, onde as campanhas de vacinação são realizadas anualmente, você também encontra a vacina a qualquer momento nas clínicas de vacinação particulares, como a Maximune.
Se você tem condições de vacinar o seu filho com a VIP, essa é a melhor escolha a fazer e uma das recomendações da OMS. Lembrando que as doses a partir de um ano são feitas com a VOP no sistema público.
Aqui na Maximune, nós realizamos o atendimento e a vacinação de todas as faixas etárias e você pode, inclusive, solicitar a vacinação em casa, facilitando a imunização de todos.
Nosso foco é realizar um atendimento humanizado e seguro na cidade de Belo Horizonte.
Fale com a gente e realize a vacinação da poliomielite para o seu filho de forma segura!
Conclusão: vacinas importantes
E então, descobriu quando tomar a vacina da poliomielite?
Basicamente, a vacinação começa a partir de dois meses de idade, com doses também aos 4 e aos 6 meses. Também é necessário receber doses aos 15 meses e aos 5 anos de idade.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que pode deixar sequelas graves na população.
A faixa de idade mais afetada pela doença são crianças até os cinco anos de idade.
Se você tiver outras dúvidas sobre quando tomar a vacina da poliomielite, entre em contato com a equipe da Maximune e nós podemos te ajudar!