HPV prevenção

HPV: prevenção, sintomas, tratamentos e vacina [GUIA]

O que você sabe sobre a prevenção do HPV? Será que você está se protegendo devidamente para esse vírus? Neste guia, nós vamos te mostrar quais as formas de prevenção e tratamento para o vírus.

De acordo com a Fiocruz, estima-se que pelo menos 80% da população mundial já teve contato com o vírus do HPV ao menos uma vez na vida.

A grande preocupação com o HPV é que alguns subtipos podem causar alterações nas células pré-cancerosas do útero, podendo gerar câncer neste e em outros órgãos.

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, dois tipos principais do HPV, o 16 e o 18, são responsáveis por causar 70% dos cânceres do colo do útero e lesões pré-cancerosas.

Eles também são responsáveis pelo desenvolvimento de câncer do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 291 milhões de mulheres no mundo portadoras do HPV. Dessas, pelo menos, 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou por ambos.

São números preocupantes, não é mesmo? E com razão, afinal, já existe vacina contra esses dois tipos principais causadores do câncer.

Para saber mais sobre a prevenção e tratamento do HPV, além de como e quando realizar a vacinação, acompanhe mais informações a seguir!

O que é o HPV?

O papiloma vírus humano ou HPV, como é mais conhecido, é um vírus sexualmente transmissível muito comum que pode infectar a pele e as mucosas. 

Existem mais de 200 variações desse vírus no mundo. Dentre esses, 40 tipos podem infectar o trato ano-genital e, pelo menos 14 são vírus de alto risco, podendo causar câncer de colo de útero. 

O HPV é o vírus responsável pelo maior número de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre adolescentes e jovens adultos

Diferente de outros vírus, o HPV só utiliza o ser humano para se multiplicar. As células epiteliais do do nosso sistema, que revestem órgãos, pele e mucosas, possuem códigos genéticos utilizados para multiplicação do vírus.

Entretanto, a preocupação maior se dá pelo fato de alguns tipos de HPV estarem ligados a mutações que podem causar câncer do colo do útero, câncer de pênis, ânus, vagina e de garganta. 

Existe vacina para prevenção do HPV. Agende a sua imunização aqui na Maximune e proteja-se!

Quais são os tipos de HPV?

Quais são os tipos de HPV

Entre os diferentes tipos de HPV, existem os de baixo risco e os de alto risco. Veja as principais diferenças entre eles.

  • Grupo de baixo risco: esse tipo de vírus costuma causar verrugas genitais, tendo como principais o vírus do tipo 6 e do tipo 11.
  • Grupo de alto risco: nesse grupo os vírus têm maior risco de desenvolver câncer e lesões pré-cancerosas. Eles podem provocar mudanças de baixo grau e alto grau nas células cervicais e os principais são os tipos 16 e 18.

HPV: sintomas

A maioria das pessoas que adquirem o HPV não apresenta sintomas. Entretanto, aproximadamente, 5% dos infectados possuem alguma manifestação de infecção que pode se apresentar em forma de verrugas, alteração no preventivo e lesões precursoras de câncer.

As verrugas, ou condiloma acuminado, como também são chamadas, são na maior parte das vezes lesões benignas que podem ser tratadas ou regridem espontaneamente.

De aspecto e tamanho variado, essas lesões costumam se agrupar e gerar um bloco grande que se parece a uma couve-flor.

No homem, essas lesões costumam aparecer na glande (cabeça do pênis) abaixo do prepúcio e na saída da uretra. Já na mulher, podem surgir na vulva, vagina e períneo.

Em ambos os gêneros, elas podem surgir na região anal, boca, garganta, pés e mãos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente, 10% das pessoas vão desenvolver verrugas genitais ao longo da vida.

Entretanto, essas lesões podem ser pequenas e quase impossíveis de serem vistas a olho nu. Isso pode acontecer no caso de lesões malignas e, neste caso, podem ser descobertas por meio de exames e coletas analisadas em laboratório.

Inclusive, depois do contato com o vírus, o corpo pode levar semanas, meses ou anos para desenvolver manifestações da doença.

A prevenção do HPV é muito importante e se dá através da vacinação.

HPV e câncer de colo de útero

Muito se fala sobre a relação entre o HPV e o câncer de colo de útero. Isso porque mais de 99% dos casos de câncer nessa região estão relacionados ao vírus, de acordo com informações da Oncoguia.

Ou seja, apesar de a maioria dos tipos de HPV não serem cancerígenos, quase todos os cânceres de colo de útero provêm do contato com o vírus do HPV.

Mas vale lembrar que o câncer de colo de útero é o segundo mais comum entre as mulheres em países subdesenvolvidos.

A partir da exposição ao vírus, a mulher pode continuar com células no corpo que modificam as células do útero e as tornam cancerosas.

As alterações celulares causadas pelo vírus são identificadas pelo exame papanicolau e elas são divididas em:

  • ASCUS – são células com baixa probabilidade de serem pré-cancerosas;
  • ASCH – são células mais suscetíveis a serem pré-cancerosas. 

No primeiro caso, o exame pode ser repetido em seis meses, ou o médico pode optar por fazer o exame de HPV.

Já no segundo caso, serão realizados outros exames que podem ajudar na confirmação da doença.

Como se transmite o HPV?

A transmissão do HPV ocorre, principalmente, por meio de relações sexuais desprotegidas.

Isso vale mesmo para relações em que a ejaculação é feita para fora, pois não depende da ejaculação e sim do contato com a região genital da pessoa infectada.

Veja outras formas de relação que podem transmitir o HPV:
●  Contato oral-genital;

  • Contato genital-genital;
  • Contato manual-genital.

Ou seja, o vírus pode ser transmitido pelo contato íntimo, mesmo que não haja penetração no ato.

Em alguns casos, o vírus do HPV também pode ser transmitido pelo compartilhamento de roupa íntima, pelo contato com objetos contaminados, pelo uso de vaso sanitário contaminado e ainda pelo uso de material ginecológico contaminado. Entretanto, essas são formas raras de contágio.

Leia também: Vacinas importantes: lista completa de acordo com as idades

HPV Prevenção

HPV Prevenção

Existem duas principais formas de prevenção do HPV, a primeira é a vacinação e a segunda o sexo seguro e com preservativo.

O uso de preservativo nas relações sexuais previne em até 80% a transmissão do HPV. Vale destacar, que ela deve ser usada durante toda a relação e não deve ser tirada e nem colocada apenas do meio para o fim, por exemplo.

Vale lembrar ainda que a área coberta pelo preservativo é limitada, portanto, não há 100% de proteção em nenhum caso.

Também são recomendadas pela OPAS as práticas preventivas de educação sexual, que devem ser ensinadas para meninos e meninas:

  • a orientação sobre as práticas sexuais seguras e também o adiamento no início da atividade sexual;
  • promover e fornecer preservativos para pessoas com idade sexual ativa;
  • circuncisão masculina; 
  • alertar sobre o uso do tabaco, já que a prática é um fator de risco para o fator de risco para o câncer de colo de útero e outros tipos de câncer.

Além disso, é muito importante que as mulheres em idade sexualmente ativa façam o exame de papanicolau periodicamente.

O exame permite identificar lesões precursoras de câncer para que o tratamento possa se iniciar o mais rápido possível, evitando a formação de células cancerosas.

Vacinação contra HPV

Já a vacina, é a melhor forma de prevenção do HPV. 

Atualmente existem dois tipos de vacinação contra o HPV

  • Tetravalente, protege contra os HPVs tipos  6, 11, 16, 18 
  • Bivalente protege contra os HPVs tipos 16 e 18.

Lembrando que os vírus do tipo 16 e 18 são de alto risco para o desenvolvimento de câncer e o 6 e o 11 previnem contra os vírus causadores das verrugas genitais.

O imunizante não previne contra todos os tipos do vírus, mas previne contra os mais comuns. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA estima que a vacina previne contra, pelo menos, 70% dos cânceres causados pelo vírus HPV.

A vacina de prevenção do HPV está disponível para:

  • Meninas e mulheres de 9 a 45 anos;
  • Meninos e homens de 9 a 26 anos;

No sistema público a vacina está disponível no calendário vacinal adolescente, para 

  • meninas e meninos de 9 a 14 anos.
  • pessoas com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos. Neste caso, a faixa etária que pode receber de forma gratuita vai de 9 a 45 anos, com esquema de três doses (0-2-6 meses);

No sistema privado, entretanto, mesmo as pessoas que já passaram dessa faixa etária podem realizar a vacinação, desde que não ultrapassem a idade máxima (45 e 26 anos) para recebimento.

O ideal é que a vacinação de prevenção do HPV seja feita antes do primeiro contato sexual, conferindo assim mais proteção.

Principais tratamentos para o HPV: confira

Saber sobre a prevenção do HPV é essencial. Mas conhecer os principais tratamentos para quem já adquiriu o vírus e lesões benignas ou malignas devido ao HPV também é muito importante.

Principais tratamentos para o HPV

Cirurgia de alta frequência (CAF)

A cirurgia de alta frequência (CAF) é um dos procedimentos que podem ser usados como tratamento do HPV tanto para lesões benignas quanto pré-invasivas.

O procedimento é feito com um eletrobisturi de alta frequência, isto é, um bisturi elétrico que retira partes de tecido afetado sem causar grandes queimaduras nos tecidos saudáveis.

Atualmente, esse tratamento é considerado o melhor para as lesões pré-malignas do colo do útero.

Ele também possui outras vantagens, como o fato de ser de baixo custo, pouco invasivo quando comparado a outros métodos e feito sob anestesia local.

Histerectomia

Esse procedimento consiste na remoção do útero ou parte dele e serve para tratar pré-cânceres e cânceres na região.

A histerectomia resulta em infertilidade.

Crioterapia

A crioterapia é um tratamento indicado para as verrugas externas causadas pelo HPV, por meio da utilização de nitrogênio líquido.

Alguns dias após o procedimento, as verrugas secam e caem.

Conização

A conização nada mais é do que uma amostra do tecido do útero retirada em forma de cone. Ela pode ser usada tanto no diagnóstico da condição quanto no tratamento das lesões, quando a remoção retira todas as células afetadas.

A retirada em formato cônico, tem como objetivo obter margens livres de lesão lateralmente e em profundidade. Se as margens estiverem comprometidas, isso significa que ainda pode haver lesões no útero. 

Pode ser feita com bisturi, raio laser ou por um fio aquecido por eletricidade.

Cauterização

A cauterização é indicada quando há presença de lesões uterinas causadas pelo vírus, geralmente vistas no papanicolau.

Esse tipo de tratamento impede a progressão da doença e permite que células saudáveis se desenvolvam e substituam as células doentes.

Medicamentos

O uso de medicamentos e pomadas é uma das formas mais comuns de eliminação das verrugas do HPV.

Podem ser usados pomadas e cremes, que variam conforme o tamanho das verrugas, o formato e o local em que aparecem.

Além de tratar as lesões, os medicamentos ajudam a reduzir a taxa de replicação do vírus e evitar a progressão da doença.

O tratamento é indicado para quem já possui sinais e sintomas da doença. Já a prevenção do HPV é para todos os meninos e meninas a partir de 9 anos.

O ideal é realizar a vacinação antes do início da vida sexual ativa.

Aqui na Maximune, você encontra a vacina HPV Quadrivalente com o seguinte esquema de doses:

Para meninas e meninos de 9 a 14 anos: duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 – 6 meses).

A partir dos 15 anos: três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses).

Agende agora mesmo a sua vacina, que é a principal forma de prevenção do HPV!

Conclusão

A prevenção do HPV pode ser feita, principalmente, através da vacina, mas também por meio do sexo seguro com preservativo.

Nenhuma das duas formas previne 100% contra o HPV e, por isso, ambas devem ser complementares.

Para as mulheres sexualmente ativas, recomenda-se também realizar o exame preventivo ao menos 1 vez por ano, mesmo para quem possui parceiro fixo, já que a doença pode se manifestar anos após a contaminação.

E você, já atualizou a sua carteira de vacinação por aí?

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