A vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin) é uma vacina utilizada para prevenir a tuberculose. No Brasil, a vacina BCG é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. No entanto, nos últimos anos ocorreu um desabastecimento da vacina quando a única fábrica autorizada a produzir o imunizante no Brasil parou a produção em 2016. A escassez da vacina também afetou a rede privada de saúde em 2023 com a não autorização do funcionamento da Fundação Ataulpho de Paiva diante dos apontamentos de inconformidade da Anvisa.
No país, a vacina BCG é administrada em crianças, geralmente logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. A aplicação da vacina é feita por via intradérmica, ou seja, na camada superficial da pele. A região mais comum para a aplicação é no braço direito, próxima ao ombro.
Além disso, é comum que após a aplicação da vacina BCG ocorra uma reação local, que se manifesta como uma pequena ferida no local da aplicação, com a formação de uma crosta. Essa reação é considerada normal e faz parte do mecanismo de resposta do organismo à vacina.
É sempre recomendado seguir as orientações dos profissionais de saúde e do calendário de vacinação para garantir a proteção adequada contra a tuberculose e outras doenças preveníveis por vacinação. Em caso de dúvidas ou para mais informações sobre a vacina BCG, é aconselhável consultar um profissional de saúde ou entrar em contato com os serviços de saúde locais.
Falta de vacina BCG
A vacina BCG é responsável por garantir a proteção dos recém-nascidos contra as formas graves de tuberculose. Nesse sentido, a vacina deve ser aplicada assim que o bebê nascer, contudo, o imunizante está em falta em alguns municípios, prejudicando a cobertura vacinal em razão da necessidade de agendamento e racionamento da vacina.
Antes da falta de vacina BCG atingir uma escala nacional, o procedimento de rotina era a criança já sair da maternidade vacinada. Entretanto, por conta das falhas de logística e de importação da vacina, muitos recém-nascidos estão deixando o hospital sem estarem devidamente vacinados. Com isso, a mãe precisa se dirigir a um posto de saúde no primeiro mês de vida da criança para assegurar a vacinação, mas chegando lá encontra inviabilidades. Pode não ser o dia de vacinação, por exemplo, tornando-se uma oportunidade perdida que diminui a adesão, porque muitas mães não vão voltar ao posto de saúde após uma situação como esta. E com o desabastecimento na rede privada, também encontram dificuldades em se dirigir a uma clínica de vacinação que possua a vacina BCG.
É preciso levar em consideração que o ideal é que a BCG seja ministrada até os 28 dias de nascimento do bebê. Porém, ainda pode ser aplicada até os 4 anos de vida, embora os riscos de contágio sejam preocupantes. Além de proteger contra a tuberculose, a vacina BCG reforça o sistema imunológico da criança contra outras doenças, por isso é indispensável que o bebê seja vacinado o mais cedo possível.
Lista de postos de saúde de BH que possuem a vacina BCG
Regional | Unidade de Saúde | Endereço | Dia da semana | Horário |
Barreiro | Centro de Saúde Francisco Gomes Barbosa | Av. Nélio Cerqueira, 15 – Tirol | 2ª, 4ª e 6ª feira | 10h às 16h |
Centro-sul | Centro de Saúde Santa Lúcia | R. Murilo Morais de Adrade, 125 – Santa Lúcia | 2ª, 4ª e 6ª feira | 10h às 16h |
Leste | URS Saudade | R. Vinte e oito de setembro, 372 – Esplanada | 2ª, 4ª e 6ª feira | 10h às 16h |
Hospital Militar | R. Pacífico Mascarenhas, Santa Efigênia | 2ª a 6ª feira | 8h às 14h | |
Nordeste | Centro de Saúde Pe. Fernando de Melo | R. Conceição Vidigal Paulucci, 150 – Palmares | 3ª e 5ª feira | 10h às 16h |
Noroeste | Centro de Saúde Jardim Montanhês | R. Leopoldo Pereira, 407 – Jd. Montanhês | 2ª e 5ª feira | 10h às 16h |
Norte | Centro de Saúde Aarão Reis | Rua Waldomiro Lobo, 177 – Aarão Reis | 2ª e 5ª feira | 10h às 16h |
Oeste | Centro de Saúde Amilcar Vianna Martins | R. Nelson de Senna, 90 – Cinquentenário | 2ª e 4ª feira | 9h às 15h |
Pampulha | Centro de Saúde Confisco | R. Policarpo Magalhães Viotti, 261 – Bandeirantes | 3ª e 5ª feira | 10h às 16h |
Venda Nova | Centro de Saúde Rio Branco | R. Crisanto Muniz, 120 – Rio Branco | 3ª e 5ª feira | 9h às 15h |
Perigos de não se vacinar contra a tuberculose
Não se vacinar contra a tuberculose pode acarretar diversos riscos e consequências negativas para a saúde. A seguir, mencionarei alguns dos perigos de não se vacinar contra a tuberculose:
- Desenvolvimento da tuberculose ativa: A vacina BCG é uma forma eficaz de prevenir a tuberculose, especialmente em crianças. Ao não receber a vacina, a pessoa fica mais suscetível a contrair a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis e desenvolver a forma ativa da doença. A tuberculose ativa é caracterizada por sintomas como tosse persistente, febre, sudorese noturna, perda de peso, fadiga e fraqueza. Essa forma da doença pode ser grave e levar a complicações de saúde.
- Disseminação da tuberculose: Ao não se vacinar, uma pessoa infectada pela tuberculose pode transmitir a doença para outras pessoas ao seu redor, especialmente em ambientes de convívio próximo, como a família, escolas e locais de trabalho. A não vacinação aumenta o risco de disseminação da doença na comunidade, tornando-a mais vulnerável a surtos de tuberculose.
- Complicações e sequelas: A tuberculose pode causar complicações graves, mesmo após o tratamento adequado. Entre as possíveis complicações estão danos pulmonares, como cicatrizes nos pulmões (fibrose pulmonar) e cavidades que afetam a função respiratória. Além disso, a tuberculose pode se disseminar para outros órgãos do corpo, como o cérebro, rins, ossos e sistema linfático, causando danos adicionais.
- Aumento do custo de tratamento: O tratamento da tuberculose pode ser longo e caro, principalmente quando a doença está em estágio avançado. Isso inclui a necessidade de medicamentos específicos, exames e acompanhamento médico regular. Não se vacinar aumenta a probabilidade de contrair a doença e, consequentemente, os custos associados ao tratamento.
- Impacto na saúde pública: A tuberculose é uma doença infecciosa de notificação obrigatória, o que significa que os casos devem ser comunicados às autoridades de saúde. Ao não se vacinar, contribui-se para o aumento dos casos de tuberculose, o que pode sobrecarregar os serviços de saúde e ter impactos negativos na saúde pública.
Em resumo, a vacinação contra a tuberculose é uma medida fundamental para prevenir a doença e suas complicações. Ela não apenas protege o indivíduo vacinado, mas também ajuda a controlar a disseminação da tuberculose na comunidade.