Você sabia que cerca de 830 mulheres morrem todos os dias por causa de complicações relacionadas à gravidez e ao parto que poderiam ser evitadas?
Esse número, divulgado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é considerado extremamente alto, especialmente pelo fato de que são mortes que poderiam ser evitadas com o acompanhamento médico adequado.
É por isso que existe o acompanhamento e os exames de pré-natal nas gestantes.
Esse acompanhamento permite que muitas patologias não desenvolvam complicações e possam ser controladas sem maiores danos para ambos.
Além desse acompanhamento essencial da saúde da mãe e do feto, os exames de pré-natal e todo o acompanhamento com a gestante fazem com que ela esteja mais preparada para a maternidade, e se livre de possíveis inseguranças.
Neste conteúdo você vai aprender:
- quais são os exames pré-natal;
- as principais doenças detectadas por eles;
- o período de cada exame dentro da gestação;
- como funciona e qual a importância dos exames durante a gravidez e até mesmo antes dela.
Quer entender tudo isso?
Então acompanhe o texto abaixo com a Maximune!
O que é o pré-natal?
O pré-natal é o acompanhamento que as gestantes fazem com consultas e exames médicos para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Ele começa logo que a mulher descobre que está grávida e dura toda a gestação.
As mulheres grávidas podem fazer o acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde e também pelo sistema privado.
Se a gravidez for planejada, é recomendado que a mulher realize também um acompanhamento pré-concepcional com o objetivo de identificar fatores de risco que podem afetar a gestação e também orientar o casal.
Quanto mais informado estiver o casal sobre a gravidez, mais segura se torna a gestação.
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Como funciona o pré-natal?
O pré-natal funciona como uma verificação completa da gestação para garantir que tudo vai correr da melhor forma possível durante esses 9 meses.
Para as mamães, é um momento de acolhimento e humanização que deve ser feito tanto por parte da equipe médica quanto pela família e amigos.
Além de garantir a saúde da mãe e do bebê e reduzir quaisquer riscos existentes, o pré-natal também é um momento de garantir que a mãe esteja segura durante a gestação, que possa tirar dúvidas, minimizar angústias e ter uma relação mais próxima com o seu médico.
Afinal, este é um momento de mudanças, muitas vezes inéditas, para as mamães de primeira viagem, e é comum que surjam inseguranças ao longo de todo o processo.
As consultas e os exames com uma equipe de profissionais vão deixar a gestante mais segura psicologicamente e mais saudável fisicamente.
Quantas consultas são necessárias?
De acordo com o Ministério da Saúde, o cronograma de pré-natal pelo SUS deve ter pelo menos 6 consultas durante a gestação e, pelo menos, uma após o nascimento do bebê.
Entretanto, sempre que possível, a recomendação para as mamães é que as consultas sejam realizadas da seguinte maneira:
- até 28 semanas de gestação: 1 vez por mês;
- da 28ª até a 36ª semana: quinzenalmente;
- a partir da 37ª semana de gestação: semanalmente.
Qual a importância de fazer os exames de pré-natal?
Alguns dos objetivos do acompanhamento pré-natal garantem a importância da prática tanto para a mãe quanto para o feto:
- monitorar doenças preexistentes;
- passar orientação médica à gestante;
- verificar a saúde da mãe e do bebê por meio de exames;
- atualizar a caderneta de vacinação;
- verificar a deficiência de nutrientes e a necessidade de suplementação;
- fazer a classificação da gravidez (baixo ou alto risco);
- acompanhar o peso da mamãe e do bebê;
- recomendar hábitos saudáveis para a mãe.
De acordo com o Manual Técnico de Pré-Natal e Puerpério, do Ministério da Saúde, para as mulheres que estiverem com atraso menstrual de mais de 16 semanas ou que já saibam estar grávidas, o teste laboratorial é dispensável.
Quanto antes for realizada a consulta, maior a chance de detectar problemas que podem ser evitados, tratados ou curados.
Vale lembrar que, segundo a OPAS, 99% de todas as mortes maternas ocorrem em países em desenvolvimento.
E o número é alto, são 830 mulheres por dia que morrem devido à falta de assistência adequada, como dissemos no início deste artigo.
Quais são os exames de Pré-natal?
Já sabemos que os exames de pré-natal são essenciais e que fazem parte da rotina da gestante, certo?
Mas afinal, quais são esses exames e para que servem? Vamos descobrir!
Ultrassonografias
A ultrassonografia é, possivelmente, um dos exames de pré-natal mais conhecidos.
O exame de imagem permite observar o feto dentro da barriga da mãe em tempo real. Sua realização é segura e indolor tanto para a mãe quanto para o feto.
Por meio dele, é possível:
- verificar a idade gestacional;
- fazer a avaliação do desenvolvimento e da saúde do feto;
- diagnosticar malformações fetais;
- verificar a formação de gêmeos.
Vale lembrar que existem diferentes tipos de ultrassonografias, que são indicadas de acordo com o período gestacional.
- ultrassonografia transvaginal;
- ultrassonografia transvaginal morfológica do primeiro trimestre;
- ultrassonografia transvaginal morfológica do segundo trimestre;
- ultrassom obstétrico com doppler;
- ultrassonografia obstétrica.
Hemograma completo
O hemograma serve para avaliar o sangue da gestante e as possíveis patologias desenvolvidas no período.
É possível avaliar se a quantidade de plaquetas, hemácias e glóbulos brancos, por exemplo, estão de acordo.
Também é possível analisar como está o sistema imunológico da gestante, possíveis infecções e uma série de outras avaliações.
É por meio do hemograma que se pode detectar quadros como a anemia que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode se desenvolver em pelo menos 40% das gestantes.
Este exame costuma ser solicitado antes de a gestante completar 13 semanas de gestação e também no segundo ou terceiro trimestre a depender do caso e do profissional.
Tipagem sanguínea
Você sabia que existe a possibilidade de o sangue da mãe atacar as células sanguíneas do feto?
Isso acontece quando o organismo da mulher reconhece como incompatível o sangue do bebê e produz anticorpos contra ele.
Pode acontecer tanto pelo sistema ABO, quanto pelo fator Rh – que se caracteriza pela presença ou ausência de determinada proteína – sendo ele negativo e positivo, por exemplo.
Essa condição se caracteriza como eritroblastose fetal.
Se verificado que há incompatibilidade no sangue do feto e da mãe por meio deste exame de pré-natal, é possível tratar e o médico vai realizar as indicações do que deve ser feito em cada caso.
Exame de urina e urocultura
O primeiro exame de urina geralmente é realizado logo no início do pré-natal e serve para analisar a presença de bactérias por meio de uma amostra coletada no xixi.
Em uma gravidez sadia, a urocultura costuma ser realizada a cada trimestre da gestação como parte dos exames de pré-natal de rotina.
Por meio dos exames de urina, é possível detectar doenças como a diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia.
Além disso, também é possível detectar a presença de bactérias que podem se tornar uma infecção e, se necessário, fazer o controle com antibióticos.
Glicemia em jejum
O exame de glicemia é feito, geralmente, entre a 24ª e a 28ª semana de gestação e serve para detectar a diabetes gestacional.
Ele pode ser solicitado até mesmo antes desse período se houver histórico de diabetes na família.
Entretanto, mesmo que não haja indícios de diabetes, como o aumento de apetite, por exemplo, todas as grávidas devem fazer este exame de pré-natal.
Os valores de referência para as grávidas não são os mesmos, portanto, quando o resultado for maior de 92 mg/dL pode haver um quadro de diabetes gestacional .
Sorologia para hepatites virais
A sorologia para hepatite B e C são as mais comuns de serem solicitadas na gravidez.
Isso porque estes tipos de hepatite são sexualmente transmissíveis e podem afetar o desenvolvimento da criança.
Além disso, essas patologias podem ser transmitidas de maneira vertical, ou seja, passarem da mãe para o filho na hora do parto.
Ambos os vírus podem trazer consequências graves para a mãe e para o feto se o diagnóstico e tratamento não forem detectados com antecedência.
Sorologia para HIV e VDRL
A transmissão de HIV, assim como, as hepatites também pode ser passada de mãe para filho, ou seja, por transmissão vertical.
De acordo com o Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis, do Ministério da Saúde, essa transmissão pode ocorrer das seguintes formas:
- durante a gestação – 35%
- no peri-parto – 65%
- amamentação entre 7% e 22% por exposição (mamada).
Já no caso da sífilis, que pode ser diagnosticada pelo exame VDRL, estima-se que 50 mil mulheres que passam pelo parto recebam o diagnóstico da doença.
Isso resulta em aproximadamente 12 mil nascidos vivos com sífilis congênita e uma taxa de transmissão vertical de 25%.
Sorologia para citomegalovírus (CMV)
O citomegalovírus é muito comum e a maior parte da população já esteve em contato com ele, mais precisamente cerca de 80% da população. Ele faz parte da família do vírus da herpes.
Só que quando o feto é infectado existe risco de que o vírus possa deixar sequelas. Algumas delas são a perda de audição e o atraso no desenvolvimento psicomotor.
Apesar de não ser tão comum em fetos – cerca de 5% a 15% dos bebês podem ficar com sequelas – a sorologia para citomegalovírus faz parte dos exames de pré-natal de rotina.
Se o vírus estiver ativo no corpo da gestante, o médico obstetra vai indicar as melhores opções para cada caso.
Reação à toxoplasmose e rubéola
Em ambos os casos, é feito um exame que detecta os anticorpos da doença. Dessa forma, é possível saber se a mulher está infectada ou se já desenvolveu anticorpos para a doença.
A recomendação do Ministério da Saúde para o exame do pré-natal da toxoplasmose é que seja realizada a triagem sorológica.
Ela detecta os anticorpos da doença, principalmente, nos locais onde há grande manifestação de toxoplasmose.
No caso da rubéola os exames devem ser realizados ainda no primeiro trimestre, já que o risco de transmissão é maior neste período.
Se não tratada a doença, o bebê pode nascer com rubéola congênita.
Papanicolau
Geralmente, este exame de pré-natal está entre as primeiras consultas do período.
O objetivo do papanicolau na gravidez é verificar se existem células cervicais anormais, da mesma forma que o exame é feito para mulheres adultas não grávidas.
Se células anormais forem encontradas o médico poderá repetir o exame dentro de alguns dias.
Vale lembrar que as células anormais nem sempre representam células cancerosas. Elas podem ser uma causa menor que não é motivo de preocupação.
No entanto, se for detectado câncer de fato, ele poderá ser tratado após o parto.
Pré-natal odontológico
A boca é a porta de entrada para diversas doenças, por isso, especialmente na gravidez a atenção e os cuidados bucais devem ser redobrados.
Problemas dentários, como a periodontite, por exemplo, podem inclusive afetar o nascimento e ocasionar um parto prematuro.
Isso pode acontecer caso as bactérias presentes no tecido gengival inflamado passem para a corrente sanguínea, alterando a atividade hormonal e podendo ocasionar o parto prematuro.
Além disso, neste período, as mamães têm uma tendência maior a desenvolver cáries e outros problemas bucais como tártaro e gengivite.
Quais as vacinas indicadas no pré-natal?
Vale lembrar que o pré-natal não é feito apenas de exames. As gestantes também devem se preocupar com o calendário vacinal, que pode prevenir diversas doenças graves.
Confira quais podem ser solicitadas no período de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm):
- Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP;
- Dupla adulto (difteria e tétano) – dT;
- Hepatite A e B;
- Influenza (gripe);
- Covid-19;
- Meningocócicas conjugadas ACWY ou C;
- Meningocócica B;
- Febre amarela.
Algumas vacinas são indicadas apenas para gestantes que estão com o calendário vacinal incompleto e outras para pacientes em situação especial ou portadoras de comorbidade.
Já as vacinas que não devem ser tomadas no período são: tríplice viral, HPV, varicela e a vacina da dengue.
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Conclusão
Os exames de pré-natal fazem parte dos cuidados necessários para ter uma gravidez segura e tranquila.
Mesmo que haja algum problema durante a gestação, geralmente ele pode ser tratada e quanto antes for feita a sua identificação e tratamento, melhor para a saúde da mãe e do bebê.
A gestante deve procurar começar os exames imediatamente após descobrir sobre a gravidez. Afinal, quanto mais cedo começar melhor!
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