Você sabe a importância das vacinas para o bebê? O calendário vacinal infantil inclui alguns imunizantes antes mesmo de o bebê deixar a maternidade.
Essa imunização ajuda a proteger os bebês de uma variedade de doenças graves, como poliomielite, coqueluche e sarampo.
Nos últimos anos, tem havido muita desinformação sobre vacinas que circulam na internet. Algumas pessoas acreditam que as vacinas não são seguras ou desnecessárias.
No entanto, os números não mentem. As vacinas salvaram inúmeras vidas e continuam sendo uma das ferramentas mais importantes na proteção da saúde pública.
Vacinas para bebê: saiba a importância
Vacinar seu filho é uma das melhores coisas que você pode fazer para proteger a saúde frágil desse pequeno ser que acabou de chegar ao mundo.
Como qualquer pai sabe, as vacinas são uma parte essencial para manter seu bebê saudável, principalmente porque eles ainda estão construindo a sua imunidade ao chegar ao mundo.
Uma gripe, que é um vírus bastante comum, por exemplo, pode causar complicações mais sérias nos recém-nascidos.
Os tipos de vacinas para bebês também ajudam a proteger contra uma ampla gama de doenças mais sérias e que podem causar, por exemplo, a paralisia infantil e deixar sequelas graves para o resto da vida.
Vacinas para beebê recém nascido: confira
As vacinas são rigorosamente testadas quanto à segurança antes de serem aprovadas para uso, portanto, os pais podem ficar tranquilos.
O máximo que eles podem ter são pequenas reações, como dor no braço e dor de cabeça. Mas os sintomas são passageiros e nem se comparam aos malefícios da doença.
Fizemos uma lista com todas as vacinas que os bebês devem tomar de 0 a 18 meses.
Acompanhe!
BCG
A BCG é a primeira vacina do bebê recém-nascido, aquela que deixa uma pequena cicatriz no braço que fica para a vida toda.
Ela é indicada para todas as crianças que possuem peso maior que 2 kg, de preferência deve ser realizada o quanto antes.
Por isso, a recomendação é que ela seja feita ainda na maternidade e é o que ocorre na maior parte dos casos.
O imunizante protege contra as formas graves da tuberculose e é dose única. Para bebês que não se imunizaram quando pequenos, a vacina ainda pode ser aplicada até os 5 anos.
Seu maior efeito colateral é a marquinha que fica no braço e leva de seis a doze semanas para cicatrizar.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 40 mil casos anuais são prevenidos com a vacina nos países onde a tuberculose é frequente.
Hepatite A e B
A hepatite B também é uma das vacinas para bebês realizada ainda na maternidade. Isso porque os recém-nascidos podem ser contaminados no nascimento, se a mãe estiver infectada com o vírus.
Eles também podem ser infectados durante o aleitamento materno, quando o vírus pode passar de mãe para filho.
9 em cada 10 bebês com o vírus desenvolvem a infecção no fígado futuramente, além de poder transmiti-la a outros membros da família.
O grande problema da hepatite B é que a doença é silenciosa e danifica as células do fígado mesmo com a criança aparentando estar saudável.
Já a hepatite A é conhecida por ser uma doença infecciosa que é transmitida pelo contato fecal-oral, geralmente oriundos da falta de higiene adequada.
Doses hepatite A: 12 – 18 meses
Doses hepatite B: ao nascer – 2 – 6 meses
Pentavalente
A vacina para bebês é um imunizante conjugado de células inteiras que protege contra cinco doenças diferentes:
- difteria;
- tétano;
- coqueluche;
- hepatite B; e
- contra a bactéria haemophilus influenzae tipo b (meningite).
Mesmo as crianças que já tiveram uma das doenças podem devem ser vacinadas, pois a proteção não é permanente.
Essa é uma vacina de 2 meses oferecida nas Unidades Básicas de Saúde e ela pode ser aplicada em crianças com até 7 anos de idade que não realizaram a imunização no período correto.
Entretanto, na rede particular essa vacina é oferecida com uma combinação com a Hib e a VIP.
Doses pentavalente: 2 – 4 – 6 meses de vida
Tríplice bacteriana
A tríplice bacteriana protege contra tétano, difteria e coqueluche ou pertussis.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações nesse caso é que a vacina seja do tipo acelular.
Apesar de não ser oferecida gratuitamente, ela apresenta menos reações adversas, como inchaço e vermelhidão no local, além de febre e irritabilidade.
Os sintomas após a vacinação podem aparecer tanto na que é feita pelo sistema público quanto no sistema privado, entretanto a tendência é que a vacina acelular apresente sintomas mais leves e passageiros.
Doses: 2 – 4 – 6 – 15 meses – 5 anos.
Rotavírus
A imunização contra o rotavírus é aplicada em bebês, pois a doença é causa de hospitalização nessa faixa etária.
A vacina conseguiu reduzir as taxas de infecção e contaminação pelo vírus e evitar a morte de recém-nascidos, principalmente com 1 ou 2 meses de vida.
Os sintomas são comuns em crianças e parecidos com diversas outras infecções e, por isso, é fácil confundi-lo.Trata-se de um vírus que causa diarréia, vômito e febre.
Ele pode levar à desidratação rapidamente e esse é um dos principais perigos do quadro.
O período máximo de imunização para bebês que tomaram a vacina no tempo certo é até 7 meses e 29 dias.
Doses Rotavírus SUS: 2 – 4 meses
Doses Rotavírus rede privada: 2 – 4 – 6 meses
Poliomielite
A poliomielite é uma temida doença por ser altamente contagiosa e também pelas sequelas que ela pode causar.
Conhecida como a doença da paralisia infantil, o vírus é capaz de destruir partes do sistema nervoso, fazendo com que a criança perca os movimentos dos membros, muitas vezes de forma irreversível.
Ela afeta, principalmente, crianças com idade abaixo de cinco anos e por isso essa é uma vacina para bebês.
No Programa Nacional de Imunização (PNI) feito pelo governo no país, a dose é realizada inicialmente com aplicações da vacina acelular (VIP) e posteriormente por meio das gotinhas com células inteiras, também chamada de vacina oral da poliomielite (VOP).
A campanha de vacinação da VOP acontece anualmente na rede pública, por isso, é importante ficar atento para não perder a data de vacinação do bebê.
A recomendação é, sempre que possível, realizar a imunização com a vacina acelular que provoca menos reações adversas nos pequenos.
Doses Poliomielite rede privada: 2 – 4 – 6 -15 meses e 4 anos
Haemophilus influenzae B
A Haemophilus influenzae B é uma bactéria que causa meningite e atinge principalmente crianças de até 5 anos.
Justamente por isso é uma vacina para bebês, pois são eles o público mais vulnerável para o desenvolvimento da doença.
A infecção causada por essa bactéria começa no nariz e na garganta e pode se espalhar para diversos locais do corpo, como pulmões, ouvido e cérebro, por exemplo.
3% a 5% das pessoas que sobrevivem à meningite por Hib ficam com sequelas graves como lesões cerebrais e surdez.
O imunizante é inativado e pode ser encontrado conjugado, como vimos anteriormente, e também de forma isolada.
Ela pode ser considerada uma das vacinas de 2 meses do bebê, mas todas as doses devem ser complementadas para que a criança esteja totalmente protegida, segundo a SBIm, inclusive com doses de reforço aos 12 e 18 meses.
Doses Haemophilus influenzae B: 2 – 4 – 6 – 12 – 18 meses.
Pneumocócica conjugada
Essa vacina pode ser encontrada com as seguintes coberturas:
- VPC10 protege previne cerca de 70% das doenças graves em crianças causadas por dez sorotipos de pneumococos;
- VPC13 previne cerca de 90% das doenças graves em crianças causadas por 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo).
As doenças que podem ser prevenidas com essa vacina para bebê são a pneumonia, a meningite e a otite.
Ambas os imunizantes são inativados e aplicados de forma intramuscular. A diferença, novamente, é que a VPC10 é oferecida no sistema público e a VPC13 apenas no particular.
Doses VPC10: 2 doses antes do primeiro ano e reforço aos 12 meses de idade.
Doses VPC13: 2 – 4 – 6 -12 – 15 meses
Meningite ACWY e B
A vacina ACWY protege contra doenças meningocócicas invasivas causadas por Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W-135 e Y.
Basicamente ela protege contras as formas graves de meningite bacteriana, um microorganismo extremamente contagioso.
E apesar de ser extremamente importante para bebês, no sistema público ela somente é aplicada em crianças de 11 anos de idade. Antes disso, para bebês e crianças, aplica-se apenas a meningocócica C.
Já o imunizante contra a bactéria meningococo do tipo B é aplicado separadamente. A bactéria do tipo B é considerada uma das mais letais, sendo que há duas mortes a cada 10 casos da doença. O tipo B representa de 20% a 40% das meningites.
Ambas são consideradas vacinas de 3 meses, pois sua a primeira dose da aplicação é feita neste período.
Doses ACWY: 3 – 5 – 12 – 15 meses
Doses da meningocócica B: 3 – 5 – 12 – 15 meses
Influenza
A vacinação da influenza em bebês tem dois objetivos principais. O primeiro é evitar que eles desenvolvam a forma grave da gripe, que pode levar a complicações e até a morte.
O segundo principal objetivo é evitar que elas sejam também um vetor de contaminação para adultos e idosos e o vírus se espalhe ainda mais.
De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Datasus, plataforma do Ministério da Saúde, 32% das crianças que tiveram influenza em 2019 precisaram de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Outro dado bastante preocupante é que quase 38% precisaram de algum suporte ventilatório neste mesmo ano.
A vacina para bebês da influenza pode ser aplicada a partir do sexto mês de vida e deve ser repetida anualmente, pois os vírus se modificam durante o período de um ano.
Febre amarela
A vacina da febre amarela não é indicada para bebês com menos de 6 meses. Já caso haja um surto na região ela pode ser indicada por um médico no período de 6 a 9 meses, pois os riscos da doença superam os da vacina nessa faixa etária.
Já a partir de 9 meses o bebê deve receber a dose padrão da vacina que é a primeira de duas. A segunda dose será feita apenas quando a criança completar 4 anos de idade.
A febre amarela não é transmitida de uma pessoa para outra, mas sim através da picada do mosquito Aedes.
E como esse mosquito é natural de matas e portador do vírus, a vacinação é a única forma de se proteger da doença.
Por isso, a vacina para bebês tem grande importância e não deve deixar de ser realizada.
Varicela
A catapora é uma doença muito contagiosa causada pelo vírus varicela zoster (VZV).
Geralmente causa uma doença leve em crianças saudáveis, com sintomas como febre e erupção cutânea de bolhas com coceira.
No entanto, em crianças com o sistema imunológico enfraquecido, ela pode ser mais perigosa e causar complicações.
A vacina contra a catapora é a melhor maneira de proteger seu filho da doença.
Dose da vacina para varicela: 12 – 15 meses
Se você não sabe como está o calendário de vacinas do bebê ou está com alguma dúvida em relação a um dos imunizantes, entre em contato com a Maximune!
Nossa clínica de vacinação está sempre disponível para ajudar você e a sua família.
Precisa vacinar o seu bebê? Então entre em contato e realize o agendamento!
Conclusão
Quando se trata de vacinas para bebês, é importante ficar atento ao calendário para que nenhuma deixe de ser aplicada.
A gente sabe que são muitas vacinas e o processo de vacinação pode ser meio contramão em uma rotina corrida, mas é imprescindível que elas sejam realizadas para ajudar a proteger o seu pequeno e a sua família.
Como vimos, as vacinas protegem contra doenças graves e muitas vezes mortais, como sarampo, poliomielite e coqueluche.
E quando todos são vacinados, cria-se o que é conhecido como “imunidade de rebanho”, o que dificulta a propagação de doenças e torna toda a população mais protegida de diversas doenças infectocontagiosas.
Se o seu filho ainda não foi vacinado para alguma dessas doenças e já passou da idade correta, converse com o seu médico ou entre em contato com uma clínica de vacinação.