calendário de vacinação infantil em bh

Calendário de vacinação infantil BH: entenda como funciona

O calendário de vacinação infantil em Belo Horizonte é o mesmo seguido nacionalmente pelo sistema público de saúde.

As vacinas foram sendo pouco a pouco adicionadas ao calendário e previnem contra doenças infecciosas que vão da infância à fase adulta.

Muitas doenças prevenidas pelo calendário de vacinação infantil podem causar a morte em pouco tempo ou deixar sequelas graves que perduram por toda a vida.

Graças à vacinação em massa, foi possível erradicar algumas doenças e proteger milhares de crianças.

De 2000 a 2030, estima-se que a vacinação evitará, pelo menos, 120 milhões de mortes quanto ao impacto de longo prazo da imunização, segundo um estudo publicado pelo jornal The Lancet.

Deste número, pelo menos 65 milhões são crianças menores de cinco anos.

Se você precisa fazer a imunização do seu filho, confira como funciona o calendário de vacinação infantil em BH.

Porque o calendário vacinal infantil é importante?

Um estudo publicado no jornal de The Lancet, mostrou que de 2000 a 2019, as vacinações em países de média e baixa renda evitaram 37 milhões de mortes.

Até 2030, a previsão é que 69 milhões de crianças sejam salvas com a vacina.

O estudo levou em conta mais de 98 países de baixa renda e os imunizantes para as seguintes doenças:

Várias dessas vacinas são aplicadas aqui no Brasil e estão presentes no calendário vacinal infantil.

No Brasil, conseguimos erradicar doenças como a varíola, que também foi erradicada no resto do mundo, e a poliomielite, graças à vacinação.

Para se ter uma ideia do quanto a vacinação é importante no mundo, vamos pensar na Covid-19. A doença alarmou a população e foi motivo de muita preocupação.

Com a Covid-19, até agora tivemos cerca de 6 milhões de mortes no mundo. Já no caso da poliomielite, a título de comparação, estima-se que nos anos 80, ela tenha causado mais de 300 milhões de mortes no mundo.

O calendário de vacinação infantil leva em conta todos os riscos para a criança da doença e da vacinação e deve ser seguido à risca pelos pais e cuidadores.

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Como funciona o calendário vacinal infantil?

calendário vacinação infantil bh

O calendário vacinal infantil é uma forma de organização para que pais e responsáveis saibam a hora certa de realizar as imunizações na criança.

Ele segue uma estratégia cronológica e vai desde o nascimento até o momento em que ela completa 10 anos de idade.

Todos os riscos de infecções que podem ser protegidos pelas vacinas existentes estão incluídos no calendário de vacinação infantil.

Vale lembrar que o Calendário Básico de Vacinação brasileiro é definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e aplicado pela rede pública do país de forma gratuita.

De acordo com o trabalho “Calendário Vacinal: semelhanças e diferenças entre o público e o privado”, “o PNI contempla praticamente todas as vacinas disponíveis no mercado, porém os esquemas vacinais praticados na rede pública e privada diferem, visto que para algumas vacinas, não são aplicadas as doses de reforço, conforme preconiza a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM)”.

O calendário é feito de forma cuidadosa e leva em conta:

  • o risco e a eficácia da infecção;
  • a idade aplicada e possíveis complicações;
  • recursos disponíveis (SUS).

Ou seja, todas as vacinas são aplicadas levando em conta os riscos da doença em contraposição às reações que ela pode causar, que são mínimas.

Com o calendário de vacinação, é mais fácil não deixar nenhuma vacina para trás e de se organizar para manter a vacinação em dia.

O calendário de vacinação infantil em BH oferecido pelos Centros de Saúde disponibiliza todas as vacinas preconizadas no calendário básico de vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.

Entretanto, os pais também podem optar por vacinar o filho no sistema privado. Algumas imunizações tem uma maior cobertura de proteção e podem ocasionar menos reações nos pequenos.

Confira o calendário de vacinação infantil em BH e veja como manter as vacinas do seu filho em dia!

Ao nascer

Logo que vem ao mundo, o bebê já deve receber as primeiras imunizações. São elas a BCG – ID, que protege contra formas graves de tuberculose e a vacina contra hepatite B.

A BCG é aquela que deixa a marquinha no braço, que vira uma cicatriz após a aplicação da vacina.

Já no caso de bebês prematuros, as vacinas não necessariamente são aplicadas logo após o nascimento.

Isso porque é preciso esperar que o bebê tenha, pelo menos, 2 kg. Para os que não nascem prematuros, entretanto, é preferível que a dose seja aplicada o quanto antes, se possível ainda na maternidade.

1 mês

Segundo a cartilha da Organização Pan-Americana da Saúde, após 30 dias já é possível aplicar a segunda dose da vacina contra hepatite B.

O imunizante é aplicado na lateral da coxa em crianças com menos de dois anos ou na parte superior do braço – músculo deltóide em crianças com mais de dois anos.

No calendário da SBIm, o imunizante aparece no segundo mês de vida do bebê.

A doença é considerada grave, pois pode levar a uma infecção crônica, conhecida como cirrose.

Geralmente, a cirrose é associada ao consumo de álcool em excesso, mas a hepatite B é a causa mais comum de cirrose no mundo.

2 meses

Aos dois meses de idade são recomendadas as seguintes vacinas de acordo com a SBIm:

  • Tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa) – segundo a SBIm o uso de vacina acelular (DTPa) é preferível ao de células inteiras (DTPw), já que as reações são menos intensas.
  • Haemophilus influenzae b – O Programa Nacional de Imunização disponibiliza três doses da vacina, combinada com a tríplice bacteriana (DTP + Hib). Já a SBIm, além destas recomenda o reforço aos 12 e 18 meses. Protege contra meningite e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae b.
  • Poliomielite (VIP) – aplicada de maneira isolada no sistema público e combinada com outras no sistema privado.
  • Rotavírus (VORH) – pentavalente ou monovalente.
  • Pneumocócicas conjugadas –  no sistema público segue-se o esquema de duas doses da VPC10 aos 2 e 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses. Quando usada a VPC13, a SBIm recomenda três doses aos 2, 4 e 6 meses e reforço aos 12 e 15 meses.

Vale lembrar que a vacina rotavírus pentavalente e monovalente, começam a ser aplicadas aos dois meses de idade, mas a primeira delas é feita em duas doses e a segunda em três doses.

A monovalente protege contra uma cepa do vírus e é aplicada pelo SUS. Já a pentavalente, que é aplicada em clínicas privadas, protege contra cinco cepas do vírus.

3 meses

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Aos 3 meses, é aplicada a primeira dose da Meningocócicas conjugadas ACWY/C na privada e da Meningocócica B.

De acordo com a SBIm, sempre que possível, preferir a vacina MenACWY no primeiro ano de vida e reforços entre 5 e 6 anos e aos 11 anos de idade.

Também é recomendada a primeira dose da Meningocócica B, entretanto, essa vacina só é oferecida pelo sistema privado de saúde.

O ideal é que ela seja aplicada aos 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses.

No SUS é aplicada a Meningocócica C conjugada aos 3 meses e a ACWY somente aos 11 e 12 anos de idade.

As infecções meningocócicas podem causar meningite, que é uma infecção das meninges, tecido que recobre o cérebro.

Essa doença é considerada muito perigosa, pois pode matar em poucas horas e o grupo mais atingido é o das crianças abaixo de cinco anos.

4 meses

Aos 4 meses, o bebê precisa receber:

  • 2ª dose da Tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa);
  • 2ª dose da Haemophilus influenzae b (Hib). No SUS a aplicação é da DTP + Hib;
  • 2ª dose da poliomielite (VIP);
  • 2ª dose da rotavírus monovalente e pentavalente;
  • 2ª dose de VPC10 e VPC13 (pneumocócicas conjugadas).

Vale lembrar que a poliomielite é aplicada de maneira isolada no sistema público e combinada com outras no sistema privado.

5 meses

  • 2ª dose Meningocócicas conjugadas ACWY/C
  • 2ª dose Meningocócicas B

O SUS fornece apenas a Meningocócica C conjugada.

6 meses

Para quem está seguindo o calendário infantil em BH, aos 6 meses devem ser aplicadas:

  • 3ª dose contra hepatite B;
  • 3ª dose da Haemophilus influenzae b;
  • 3ª dose da poliomielite (VIP);
  • 3ª dose da rotavírus pentavalente;
  • 3ª dose de VPC13 (pneumocócicas conjugadas);
  • 3ª dose tríplice bacteriana.

Vale lembrar que o sistema público de saúde aplica a vacina VIP (vírus inativado) para as três primeiras doses de vacina para poliomielite e VOP (vírus atenuado) nas doses de reforços e campanhas para crianças de 1 a 4 anos.

Já no sistema privado ela é combinada com DTPa e dTpa e pode ser aplicada sempre que uma das vacinas indicadas esteja incluída nessas combinações (DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib).

Sempre que possível, a SBIm recomenda o uso da VIP.

9 meses

Aos 9 meses é aplicada a primeira dose contra a febre amarela na rede privada e pública. A segunda dose é feita a partir dos 4 anos de idade.

A febre amarela é uma doença infecciosa e precisa ser tratada rapidamente porque pode levar à morte em cerca de uma semana.

Justamente por isso, a vacinação é a melhor opção. Ela pode ser transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, além do Aedes aegypti.

12 meses

Aos 12 meses a criança deve receber:

  • 1ª dose de Hepatite A no privado;
  • 1ª dose Tríplice viral (sarampo,caxumba e rubéola) SUS e privado;
  • 1ª dose Varicela (catapora) no sistema privado;
  • reforço de VPC10 no SUS;
  • no sistema privado reforço de Pneumocócicas conjugadas B, Meningocócicas conjugadas ACWY/C e Meningocócica B.

A SBP e a SBIm recomendam a aplicação rotineira da vacina de hepatite A aos 12 e 18 meses de idade, ou o quanto antes se a criança já tiver passado dessa idade.

Já o PNI, aplica dose única da vacina de hepatite A para crianças entre 15 meses e antes de completar ​5 anos de idade.

15 meses

  • dose de reforço VOP contra a poliomielite no SUS;
  • 1ª dose de reforço da DTP tríplice bacteriana no SUS;
  • 1ª dose de varicela no SUS;
  • Dose única de hepatite A no SUS;
  • 2ª dose tríplice viral no SUS e privado;
  • Reforço Haemophilus influenzae b, poliomielite (vírus inativados), Tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa) no sistema privado.

4 a 6 anos

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  • 2ª dose varicela SUS;
  • reforço DTPa e dTpa combinada com polio na rede privada;
  • 2ª dose de reforço da DTP tríplice bacteriana no SUS;
  • menC para menores de 5 anos no SUS e menC e menACWY na rede privada;
  • 2ª dose febre amarela SUS e privado.

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9 anos

A partir dessa idade começa a ser aplicada a HPV Quadrivalente. No SUS é feito um reforço único 6 meses após a primeira dose para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

Já na rede privada são aplicadas três doses da vacina.

Calendário de vacinação infantil em BH

É muito importante que o calendário de vacinação infantil em BH seja mantido para que a abrangência das vacinas se torne cada vez maior.

Quanto maior a porcentagem da população vacinada, menor será o número de pessoas transmitindo os vírus e bactérias.

Por isso, mesmo quem não foi protegido pela vacina estará protegido pela redução da circulação dos agentes infecciosos.

Covid-19

No calendário de vacinação infantil em BH, a Pfizer Pediátrica está sendo aplicada em crianças:

  • com 5 anos;
  • de 6 a 11 anos que tomaram a primeira dose da Pfizer Pediátrica;
  • imunocomprometidas.

O intervalo da Pfizer Pediátrica entre as aplicações é de 8 semanas.

Já para as crianças vacinadas com CoronaVac, o intervalo entre as aplicações é de 28 dias.

Você pode consultar os locais de vacinação infantil em BH para vacinas da Covid-19 no site da prefeitura.

Os requisitos para a vacinação é ter de 11 a 5 anos completos até a data da vacinação e não ter apresentado sintomas de Covid-19 nos últimos 30 dias.

Como vimos, é possível se vacinar tanto pelo sistema privado quanto pelo público.

As diferenças consistem, principalmente, no número de aplicações das vacinas e na reação causada por elas.

Dependendo da vacina em questão, o sistema privado também possui uma cobertura um pouco maior para algumas cepas e um reforço de vacinação mais completo.

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Conclusão

O calendário de vacinação infantil em BH pode ser aplicado tanto pelo sistema público de saúde, nas UBS da cidade, quanto pelo sistema privado.

Desde que foi implementado, o calendário de vacinação reduziu inúmeras mortes e trouxe maior qualidade de vida à população.

As vacinas começam ao nascer e perpassam por toda a infância da criança, levando em conta a proteção da vacina e a idade que ela pode receber.

E aí como está a vacinação do seu filho? Tudo em dia por aí?

Leia também: Vacinação de idosos em BH: entenda quais estão sendo aplicadas

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